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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Campanha: Nós, Os Afro-Brasileiros.

Em 2007 a Secretaria de Estado da Cultura, através de sua Assessoria de Cultura para Gêneros e Etnias, iniciou um ciclo de Campanhas Estaduais, de ampla participação popular, para estimular o debate acerca do racismo no Brasil e, em especial, em São Paulo.
Naquele ano foi feita uma homenagem às mulheres e homens negros que construíram nosso país. Em 2008, com a comemoração dos 120 anos da Abolição da Escravidão, o tema escolhido foi “Racismo: se você não fala, quem vai falar?”, recebendo mais de 15 mil cartas que contavam a luta da comunidade negra para enfrentar o preconceito e combater o racismo cotidiano.
No ano seguinte, através de fotos, a Secretaria de Estado da Cultura demonstrou a “África em Nós”. 2010 foi a vez da "Consciência Negra em Cartaz".
Para 2011, quando comemoramos o Ano Internacional para Afrodescendentes, lançado pela ONU – Organização das Nações Unidas, a Campanha Estadual de Consciência Negra irá trabalhar com marcos identitários, buscando fortalecer a imagem dessa imensa parcela da população brasileira.
Propomos às negras e negros que resgatem não só suas origens, mas o orgulho em ser negro e brasileiro. Orgulho em ter construído nosso país e nosso Estado. Dessa forma, em parceria com o Museu Afro Brasil, surgiu o tema da Campanha Estadual para 2011: “Nós, os Afro-brasileiros”.
A Campanha Estadual de Consciência Negra, em 2011, irá permitir o resgate das raízes, mas para além disso, mapeando pelo interior do Estado de São Paulo exemplos de negros e negras que têm contribuído com a construção da nossa história e da nossa cultura.
A ideia é, portanto, dar visibilidade às personalidades negras que contribuíram com o processo cultural (literatura, música, artes plásticas) e social (direito, medicina, economia, esportes) de São Paulo. Buscando, também, pelo cidadão comum: aquele ou aquela que, no seu cotidiano, contribuiu para seu bairro, sua cidade, sua comunidade, estimulando o resgate da identidade negra.
Hábitos, crenças, e formas de expressão religiosa e artística vindas originalmente da África, há muito foram incorporadas no cotidiano do povo brasileiro sem que, ao menos nos demos conta. Tudo isso gerou, se assim podemos dizer, uma identidade africana na então cultura brasileira, importada da Europa.
A presença desta identidade afro-brasileira está expressa na grafia e oralidade de palavras como: cachaça, moleque, quindim, jiló, macumba, marimbondo, cochilo, tanga, samba, maxixe, zabumba, acarajé, carimbó, canjica ou mesmo em nomes como Jurema, Iuri, Joaquim, Josefa – de origem africana.
Não podemos nos esquecer da importância que trouxeram na alimentação: paçoca, feijoada, quindim, tapioca, bolo de fubá, acarajé, vatapá, bobó, dendê, inhame e aipim são apenas alguns exemplos herdados.
De acordo com Jacques Delors, a transmissão de conhecimento sobre a diversidade humana, bem como a tomada de consciência das semelhanças e da interdependência entre todos os seres humanos do planeta constituem fundamentos da educação. As diferentes construções identitárias nascem em contextos sociais específicos e devem ser pensadas em uma perspectiva relacional, ou seja, como resultantes das relações sociais que ocorrem no cotidiano dos atores sociais, e não como propriedades intrínsecas compostas por uma essência imutável.
A Campanha irá utilizar o vídeo como ferramenta para confrontar realidades diferentes e se observar com parte constituinte e transformadora desta realidade. A intenção é, através de documentários de três a cinco minutos, desvendarmos personagens, fatos, lugares, história.
A “sétima arte” tem sido um fator transformador em várias partes do Mundo. Em Angola, por exemplo, expoentes do cinema já ampliaram seus horizontes e fronteiras. Como instrumento cultural, os curtas terão a possibilidade de comunicar e atravessar barreiras sociais, econômicas e geográficas, migrando pelos 645 municípios paulistas.
CÁSSIO RODRIGO
Assessor de Cultura para Gêneros e Etnias
Secretaria de Estado da Cultura
Parceiros  
Secretaria Municipal de Limeira – Difusão Cultural Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena
Coordenadoria de Assuntos para População Negra Conselho da Comunidade Negra
Produção  
Abaçai        

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